Comerciantes descontentes com a nova lei do tabaco

Minhotos pedem excepção para bares e discotecas

Dois meses após a entrada em vigor da nova lei do tabaco, tanto comerciantes como clientes ainda têm muitas dúvidas acerca sua aplicação. O tipo sistema de exaustão, prioritário para os estabelecimentos que querem optar por um espaço para fumadores, é a principal fonte de preocupação dos proprietários da indústria restauradora.

Vários estabelecimentos comerciais que não adoptaram o sistema de ventilação requerido por lei, queixam-se da quebra significativa de clientes que sentiram desde o dia 1 de Janeiro. “Sente-se sempre uma quebra. Porque há aquelas pessoas que fumam e que deixam de ir aos locais onde não se pode fumar”, diz Daniel Costa, proprietário do estabelecimento comercial Sabor da Fruta. Já Ermelinda Antunes, dona do café Tunas diz mesmo que a quebra nos lucros foi tal que se viu obrigada a adaptar o seu estabelecimento para fumadores.

Por seu turno, os clientes, apesar de concordarem com a lei, mostram-se descontes em alguns aspectos, nomeadamente no que diz respeito à proibição do fumo em estabelecimentos nocturnos. “Acho que a lei está bem aplicada em alguns sítios, como restaurantes, pastelarias, espaços pequenos, mas por exemplo, penso que discotecas as discotecas e bares deviam ser excepções”, afirmou Débora Ferreira, aluna da Universidade do Minho (UM).

Já Sílvia Abreu, também aluna da UM e fumadora, vai um pouco mais longe dizendo que apesar de num plano geral concordar com a lei, considera-a “um pouco discriminatória no sentido em que se torna um bocado uma caça às bruxas.”

Para mais informações sobre a lei consulte a legislação disponível no portal do governo.



Revista de Imprensa:

Alunos de Santarém discutiram nova lei do tabaco - JN
Porto: Lei do tabaco fecha bar - Correio da Manhã
Lei do Tabaco: Bar do Porto fecha por falta de clientes - RTP

Carlos Daniel Rego, João Oliveira e Vera Costa